Constelação familiar é uma técnica desenvolvida por Bert Hellinger, que realizou um trabalho terapêutico durante muitos anos como membro de uma ordem missionária entre os Zuluz na Africa do Sul. Sua formação e atividades terapêuticas envolveram as seguintes abordagens: psicanálise, dinâmica de grupo, terapia primal, analise do script, hipnoterapia, psicodrama, gestalt-terapia, analise transacional e terapia familiar.
Desenvolvida por Hellinger, a constelação sistêmica é uma forma de trabalhar com os problemas dentro dos sistemas humanos para revelar as forças mais profundas que inconscientemente influenciam nossos pensamentos,comportamentos e experiências emocionais através de múltiplas gerações. Constelações Familiares criam um modelo do sistema familiar para revelar e transformar os padrões ocultos.
As Constelações Sistêmicas
ocorrem em um campo de energia que conecta a família, os ancestrais, os membros
de uma organização, o mundo natural e toda a humanidade.
O biólogo britânico Rupert
Sheldrake explica esse fenômeno de campo, que ele chama de "campo
morfogenético", como uma força organizadora que explica padrões de
comportamento em grupos sociais.
A teoria do Campo Morfogenético
Ex-membro pesquisador da Royal Society, estudou ciências naturais na Universidade de Cambridge, onde concluiu o doutorado em bioquímica. Depois estudou filosofia e história em Harvard. Foi membro do Clare College, em Cambridge, onde foi diretor de estudos de bioquímica e biologia celular. Atualmente é membro do Institute of Noetic Sciences, na Califórnia, e do Schumacher College na Inglaterra. Rupert Sheldrake é um dos biólogos mais controversos de nosso tempo, suas teorias não só estão revolucionando o ramo científico de seu campo (a biologia), mas estão também alcançando outras áreas ou disciplinas como a física e a psicologia. Sheldrake postulou a hipótese mais revolucionária da biologia contemporânea: a teoria da Ressonância Mórfica. Segundo Sheldrake, as mentes de todos os indivíduos de uma espécie, (incluindo o homem), se encontram unidas e formando parte de um mesmo campo mental planetário. Ele denominou este campo mental de Campo Morfogenético, que afeta as mentes dos indivíduos e as mentes destes também afetariam ao campo onde cada espécie animal, vegetal ou mineral possui uma memória coletiva. As memorias são transmitidas a todos os membros de uma mesma espécie. Deste modo se um indivíduo de uma espécie animal aprende uma nova habilidade, será mais fácil para todos os outros indivíduos da dita espécie aprendê-la, porque a dita habilidade "ressoa" em cada um, sem importar a distância a qual se encontrem. E quantos mais indivíduos a aprendam, tanto mais fácil e rápido será transmitido.
Estes Campos Morfogenéticos
contém informações recompiladas de toda a história e da evolução passada, algo como a "memória racial" de Freud, o "inconsciente coletivo" de Jung ou o "circuito neurogenético" de Timothy Leary.
A ressonância mórfica, o princípio de memória coletiva pode ser aplicado ao estudo da árvore genealógica, onde cada família tem a sua própria memória coletiva a que todos os seus membros estão conectados e têm acesso. A transmissão transgeracional ocorrerá neste campo mórfico,pois, há uma memória comum compartilhada por todos os membros de um mesmo clan, tenham eles convivido ou não no mesmo espaço temporal. Anne Ancelin Schützenberger diz:
“Os duelos não feitos, as lágrimas não derramadas, os segredos de família, as identificações inconscientes e as lealdades familiares invisíveis passam para os filhos e os descendentes, pois o que não se expressa por palavras se expressa por dores”.
contém informações recompiladas de toda a história e da evolução passada, algo como a "memória racial" de Freud, o "inconsciente coletivo" de Jung ou o "circuito neurogenético" de Timothy Leary.
A ressonância mórfica, o princípio de memória coletiva pode ser aplicado ao estudo da árvore genealógica, onde cada família tem a sua própria memória coletiva a que todos os seus membros estão conectados e têm acesso. A transmissão transgeracional ocorrerá neste campo mórfico,pois, há uma memória comum compartilhada por todos os membros de um mesmo clan, tenham eles convivido ou não no mesmo espaço temporal. Anne Ancelin Schützenberger diz:
“Os duelos não feitos, as lágrimas não derramadas, os segredos de família, as identificações inconscientes e as lealdades familiares invisíveis passam para os filhos e os descendentes, pois o que não se expressa por palavras se expressa por dores”.
Os três princípios da constelação Familiar ou Sistêmica.
Bert Hellinger norteou a Constelação em 3 princípios básicos,
chamados de ordens ou leis do amor. Quando conhecemos e respeitamos estas 3 ordens/leis recebemos toda força que vem de nossa família e de nossos antepassados, pois, estes
princípios atuam ao mesmo tempo, como
uma engrenagem fundamental em nosso campo individual que reverbera no campo familiar.
Lei do Pertencimento
Todo membro de uma família tem o mesmo direito de pertencer, não
importa quanto tempo alguém fez parte deste sistema, (horas ou anos) absolutamente todos tem
o mesmo direito.
Quando alguém é excluído, algum membro da família de forma inconsciente, por amor, vai reconduzir esta pessoa através de uma representação. Incluir o que foi excluído é fundamental para a paz no sistema ou campo familiar. Segundo Hellinger, em seu livro Ordens do Amor, quando alguém é excluído, seu destino é inconscientemente assumido por membros subsequentes da família. A solução para o conflito seria integrar a pessoa excluída novamente à família, pois essa aceitação possibilita que a injustiça seja compensada e os destinos não precisem mais ser repetidos.
Quando alguém é excluído, algum membro da família de forma inconsciente, por amor, vai reconduzir esta pessoa através de uma representação. Incluir o que foi excluído é fundamental para a paz no sistema ou campo familiar. Segundo Hellinger, em seu livro Ordens do Amor, quando alguém é excluído, seu destino é inconscientemente assumido por membros subsequentes da família. A solução para o conflito seria integrar a pessoa excluída novamente à família, pois essa aceitação possibilita que a injustiça seja compensada e os destinos não precisem mais ser repetidos.
Equilíbrio entre dar e receber
Entre as pessoas tem que haver o equilíbrio entre o dar e o receber. Quando alguém recebe demais em um relacionamento fica em desiquilíbrio, pois, a pessoa que recebe muito sente-se devedora e ninguém quer sentir-se devedor.
Temos que dar na medida que outro possa retribuir, isso gera o equilíbrio e o vinculo permanece vivo. A única exceção é entre pais e filhos, pois os pais de acordo com a hierarquia já são superiores, eles deram a vida aos filhos. Segundo
os estudos de Hellinger, entre pais, filhos e casais, existe uma ordem natural no
processo de Dar e Receber. Muitas famílias passam por sérios problemas quando esta ordem não é levada em consideração, a construção das relações saudáveis vem do equilíbrio dessa construção. Todo aquele que só quer receber acaba se desequilibrando e aquele que só quer doar também precisa aprender a receber para também não se desequilibrar. Os desequilíbrios nas
relações aparecem como rupturas dolorosas.
Temos que dar na medida que outro possa retribuir, isso gera o equilíbrio e o vinculo permanece vivo. A única exceção é entre pais e filhos, pois os pais de acordo com a hierarquia já são superiores, eles deram a vida aos filhos.
Hierarquia ou Ordem de Chegada
Aquele que chegou primeiro no sistema tem precedência a aquele que
chegou mais tarde. O pai tem precedência sobre o filho, o filho mais velho tem
precedência sobre o filho mais novo, quando não respeitamos a ordem criamos
emaranhados. Quando respeitamos a hierarquia,ficamos em paz e todo o sistema
flui.
A
Lei da Ordem fala sobre a ordem natural das coisas, isso significa que quem vem
primeiro é o mais antigo e deve ter prioridade sobre quem vem depois, ou seja,
nos sistemas familiares, os pais têm prioridades sobre os filhos. Essa lei demonstra que os pais são
grandes e os filhos pequenos, desse modo, retomamos a segunda lei, os pais dão
e os filhos recebem. Quando esta ordem natural é invertida, de modo que os pais
se sintam menores que os filhos, o estado emocional fica alterado e isso gera
um grande desconforto que por sua vez, é manifestado em forma de sofrimento auto
imposto. A quebra dessa lei causa “pressão”, que busca restaurar o lugar na
ordem de cada um dentro do sistema. É comum essa lei ser quebrada quando os
mais novos tentam curar a dor dos mais velhos, ou por exemplo, quando os filhos querem depois de adultos tomar uma atitude como se fossem os "pais dos seus pais" idosos.
Como ocorre a Constelação
A
técnica em si, funciona de tal forma que uma pessoa (o cliente), busca o constelador para relatar o que deseja constelar (um problema). Para que seja realizada
uma constelação em grupo existem os seguintes elementos: Constelador, cliente,
plateia e representantes. O cliente é convidado para colocar seu tema
(problema/questão) que pode ser aberta a todos ou se preferir de forma oculta, onde só o constelador saberá do que se trata. No próximo passo o cliente escolhe alguém para representar os membros da sua família. Nesse momento, a constelação já toma seu próprio
caminho através do movimento que os representantes começam a fazer, bem como, as sensações que aquele membro a quem
representam tem. Por exemplo: se o cliente escolheu alguém da plateia pra
representar seu pai, mãe, irmãos, etc, o representante começa a ter as sensações, sentimentos, emoções da pessoa a quem representa (como
as sensações do pai do cliente, por exemplo). Essas informações aparecem sem que o
representante saiba qualquer informação prévia do cliente, os representantes sequer sabem o que ou quem estão representando.
Durante a constelação usam-se
algumas frases de efeito imediato nos representantes, das quais podem surgir
emoções e gestos que o cliente facilmente identifica ser de seu familiar. O terapeuta consegue, a partir da sua percepção e dos conhecimentos sistêmicos
baseados nas leis do amor, oferecer comandos de movimentos que podem curar
traumas, restabelecer vínculos interrompidos e até promover reconciliações. Não raras vezes as constelações mostram que o cliente ou algum
outro familiar está repetindo um padrão dentro daquele sistema. O termo
“sistema familiar”, traz o conceito de sistema, ou seja, no qual todos fazem
parte, de forma inter-relacionada, e só se torna completo quando todos os
membros podem ser incluídos, quando a ordem de chegada é respeitada e quando colocamos em equilíbrio o dar e receber. Ou seja, os três princípios da constelação.