Um treinamento básico de mindfulness (atenção plena) está na base de quem quer desenvolver a tão falada inteligência emocional, ou melhor, esta na base de qualquer coisa que você queira desenvolver em sua vida! Você consegue imaginar o desenvolvimento de qualquer habilidade em sua vida sem prestar atenção ao que esta fazendo? Já refletiu sobre isso? Estou falando de prestar atenção no momento presente intencionalmente de forma focada, algo que nunca fomos treinados por não estar na base da educação de países ocidentais. Mas por que precisamos desenvolver nossa atenção plena?
Richard Davidson, que dirige o laboratório de neurociência afetiva na Universidade de Winscosin-Madison, investiga as interações do córtex pré-frontal e as amigdalas cerebrais na regulação das emoções e explica a importância do desenvolvimento da atenção plena no mundo acelerado de hoje. Ficou difícil entender? Vamos por partes:
AMIGDALAS CEREBRAIS:
As amigdalas são o nosso radar do cérebro para ameaças. Temos um cérebro projetado para a sobrevivência e a amigdala tem uma posição privilegiada para detectar uma ameaça (mesmo que não seja real), num instante consegue dominar o resto do cérebro (particularmente o córtex pré-frontal) e temos assim, o que é chamado pela neurociência de sequestro da amigdala. A amigdala é um ponto de disparo da angustia, da raiva, do impulso, do medo.
Quando esse circuito dentro do cérebro assume o comando ele pode nos levar a ações que podemos nos arrepender, um impulso emocional que a grande maioria não controla. O grande problema, hoje em dia, é justamente um número gigantesco de pessoas vivendo dessa forma, ou seja, extremamente reativa. Isso pode virar um estresse crônico, e quando isso acontece não conseguimos nos concentrar, não conseguimos dormir, a memória fica prejudicada, entramos naqueles pensamentos ruminativos que não ajudam em nada! Também aparecem as dificuldades de aprender coisas novas, não conseguimos inovar, a criatividade some e nos tornamos amargos e nada flexíveis. Nesse processo todo o corpo recebe um fluxo de hormônios de estresse, principalmente o cortisol e a adrenalina (eixo hipotálamo-pituitária-adrenal). O grande problema é quando esse estado se torna crônico, ou seja, você esta o tempo todo com esses hormônios na sua corrente sanguínea que acaba afetando todo seu sistema com consequências físicas (problema cardíaco, respiratório, problemas neurológicos, etc) e ou psíquicos(depressão, pânico, estresse pós traumático, etc).
CORTEX PRÉ-FRONTAL:
O córtex pré-frontal é a área neural essencial para a autorregulação, (especificamente a área dorso latera da área pré-frontal) pois, é o lugar do controle cognitivo onde regulamos a atenção, a tomada de decisão, a ação voluntária, o raciocínio e a flexibilidade de resposta. O córtex pré-frontal é o reflexo mais sofisticado da nossa evolução. Evolutivamente falando, foi a última região cortical a se desenvolver. Todas essas tarefas sofisticadas realizadas pelo córtex pré-frontal são chamadas de "funções executivas", pois, estamos falando de um espaço muito privilegiado do nosso cérebro onde podemos distinguir o bem do mal, onde podemos avaliar o ambiente ao nosso redor e estabelecer um controle sobre nosso pensamento.
A interação entre estas duas áreas (amigdala e córtex pré-frontal) cria um "caminho neural" que é a base para o autodomínio. Geralmente não determinamos quais emoções irão nos surpreender, muito menos em qual intensidade, uma vez que, elas vêm da amígdala e de outras áreas subcorticais. O que fazer então!? Aí vem o que precisamos entender. Se o seu córtex pré-frontal tem seus CIRCUITOS INIBITÓRIOS a todo vapor, você será mais hábil em reagir nesses momentos turbulentos, e para ser mais hábil você precisará estar em dia com seu auto foco para notar os movimentos de seus pensamentos e como eles impactam seu humor. Isso não é possível com uma mente inquieta, estressada e reativa. Você precisa monitorar a sua mente, pensar sobre seu pensamento, notar sensações como: "estou exagerando", "Isso realmente me incomoda" e assim por diante.
Expliquei tudo isso para retomar a questão do inicio desse texto; aprender a ter foco, aprender a perceber seus pensamentos sem julga-los, perceber suas sensações corporais diante de algo estressante e se autorregular, perceber os outros e não se "contaminar" com os percalços do desafio que é viver em grupo, tudo isso é a base da inteligência emocional e de uma vida sem estresse crônico.
ATENÇÃO PLENA EM AÇÃO:
A falta de atenção, na forma de divagação da mente, pode ser a maior desperdiçadora de atenção no local de trabalho. O foco na tarefa em execução, o foco na conversa que estamos tendo, ou na construção de um consenso em uma reunião, dentre outros, são quesitos que podem fazer grande diferença no dia a dia das empresas e na vida emocional de cada um.

Grandes empresas mundo afora (Google, Target, Honeywell, Instagran, Sansung, Facebook, Mead Johnson, Ebay, etc) oferecem treinos em mindfulness (atenção plena). Que diferença isso faz? Diminui consideravelmente o estresse, promove uma melhora na memória de trabalho, maior foco no que esta fazendo (concentração), autorregulação, capacidade de ouvir melhor o outro, aciona melhor o controle executivo do cérebro, gera neuroplasticidade, menos reatividade, melhora relacionamentos interpessoais, propicia assertividade. Agora me diga vocês, se tudo isso acima não tem grande influencia na inteligência emocional? Se a atenção plena (mindfulness) não influencia o processo de comunicação? E daqui para frente o que você pretende fazer para melhorar sua atenção plena e autorregulação?

texto maravilhoso e muito elucidativo ! aceito o convite e vou tentar prestar mais atenção no meu ¨momento presente¨.Obrigada.
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