Você Sabe o que é a Dependência Afetiva?
"O amor não é um mero sentimento. É na verdade, uma arte." (Balzac)
Muitos nem imaginam que são dependentes afetivos. Milhôes de pessoas no mundo são protagonistas de relações amorosas inadequadas. O medo da perda, do abandono, a pouca capacidade para sofrimento, a baixa tolerância para a frustrações e a ilusão de permanência eterna, são as grandes dificuldades do amor patológico. E para quem não sabe, a dependência afetiva também é um vicio. Para viver o seu amor romântico, a pessoa co-dependente vai se despersonalizando lentamente, como um virus silencioso que vai invadindo, e quando você menos espera... bummmm, já deixou de lado o amor-próprio, perdeu a clareza de quais são os alicerces de uma boa relação, quais os limites do que é aceiável e do que não deveria ser aceitável nunca.
Quem nunca ouviu ou profetizou as seguintes afir-mações: "O amor tudo aguenta", "Não existo sem ela (ele)", "Ela (ele) é a coisa mais importante da minha vida", "Sem você estou sem chão", " Não vivo sem você" e por aí afora. O dependente afetivo, em nome do tal amor, suporta umilhações, traições, suporta abuso emocional constante e nem percebe que vai se adaptando, se moldando, se desfigurando para tentar agradar a qualquer preço o seu parceiro (a). Tudo para não perder seu par, por medo da solidão.
A DEPENDÊNCIA AFETIVA
Desejar não chega a configurar um apego doentil. O gosto pela droga não é a única coisa que define o adicto, mas sim, sua incapacidade de largá-la, por mais que compreenda o quanto lhe faz mal. Desistir e resignar são palavras que todo dependente desconhece. Veja bem, querer muito algo não é o problema, mas transformar esse algo em imprenscindível para viver é o grande problema. O dependente afetivo não concebe a vida sem sua fonte de segurança e desejo, sendo incapaz de renunciar mesmo sabendo que lhe faz extremo mal.
Por trás de toda dependência existe o medo e algum tipo de incapacidade (se penso que sou incapaz de cuidar de mim, terei medo de ficar só). A dependência afetiva te desgasta lentamente, silenciosamente, te adoece emocionalmente. Dentro desse cenário, temos dois tipos principais de dependentes: os ativos-dependentes e os passivos-dependentes: os ativos são aqueles que se tornam ciumentos, hipervigilantes, entram am ataques de ira, desenvolvem compor-tamentos obsessivos, podem agredir fisicamente, fazer escândalos. Já os passivos, são submissos, dóceis e extremamente odedientes. Perdem suas personalidades e se moldam ao máximo aos desejos do ser amado, chegando a extremos da despersonalização, tudo para ser agradável e evitar o abandono. O dependente afetivo despende toda sua energia para o ser amado, se afasta dos familiares e amigos, deixa de fazer coisas que gostava em prol de "viver seu amor" e tentar controlar todos os viéses que possam "ameaçar a relação".
IMATURIDADE EMOCIONAL: O ESQUEMA CENTRAL DE TODA DEPENDÊNCIA AFETIVA
Uma pessoa que não tenha desenvolvido a maturidade e uma inteligência emocional adequada terá dificuldades com frustrações, com incertezas, com autocontrole, dificuldade em aprender com os erros para seguir adiante de forma construtiva ao invés da autodestruição. As três manifestações mais acentuadas da imaturidade emocional relacionadas a dependência são: 1. A baixa tolerância ao sofrimento- parecem ser determinadas não só pela genética, bem como, pela educação que os pais ou cuidadores darão. Uma
superproteção nos primeiros anos de vida, possivelmente, não ajudará no desenvolvimento da coragem, da decisão e suas conse-quências, da paciência, da resiliência para enfrentar dificuldades que a vida naturalmente trará, além de baixa tolerância à adversidades. Com tudo isso, são pessoas que acabam levando a vida regida pelos principios do prazer, onde tudo o que causar incômodo e dificuldade será deprimente e extre-mamente difícil para o co-dependente. A baixa tolerância leva ao medo do desconhecido e ao apego de um passado dis-torcido e idealizado de amor. Se uma pessoa por medo de enfrentar algo, procura desesperadamente o prazer em algo para "amortecer" seu medo,sua dificuldade, o risco de virar dependente é altíssimo. Não será capaz de renunciar, apesar das consequências, e não saberá sacrificar o prazer imediato pelo bem estar a médio e longo prazo, ou seja, carecerá de autocontrole. 2.Baixa tolerância a Frustração- Egocentrismo, ou seja, se as coisas não são como desejo, tenho raiva! Tolerar a frustração de nem sempre obter o que deseja ou se espera, significa saber perder e se conformar quando não h´s nada a fazer. Significa ser capaz de elaborar lutos, processar perdas e aceitar, ainda que de má vontade, que o mundo não gira ao nosso redor. Muitos apaixonados não decodificam seus parceiro, não reconhecem as motivações alheias. Quando o parceiro (a) diz: "já não lhe amo mais, sinto muito", a dor e a angustia se processam de maneira autorreferêncial. "Mas se eu te amo!" Como se o fato de amar alguém fosse a única razão para que o outro nos ame. Os maus perdedores no amor são uma bomba-relógio. Quando seu objeto de amor escapa do contrele ou se afasta afetivamente, usa todas as estratégias de recuperação possíveis e até impossíveis , onde não há limites nem considerações; vale tudo! 3.Ilusão de permanência ou eternidade- A mente dependente cria o anseio da continuação perpétua, juntos a qualquer preço até o fim. Buda ja alertava, a dois mil anos, para os perigos da falsa eternidade psicológica. Aceitar que nada é para toda vida não é pessimismo, mas realismo saudável. Inclusive pode servir como motivação para viver o aqui e agora. O amor pode entrar pela porta da frente e sair pela porta dos fundos. Não estou dizendo que não axistam amores duradouros, sadios, e que o naufrágio sera cert e inevitável. Estamos tratando aqui dos amores patológicos, e que as possibilidades de rompimento existem e são mais porváveis do que se gostaria de pensar. Alguns casamentos não são outra coisa senão um sequestro em comum acordo. O amor é pouco previsível, confuso, com altos e baixos. A incerteza faz parte dele, como qualquer outra experiência. A ilusão de permanência se surpeendem quando algo vai mal, se espantam e encaram com surpresa: "nunca pensei que isso pudesse acontecer comigo", "não posso acreditar", "não estava preparado". Claro que, quando alguém se casa, não deve pensar em separação; seria um absurdo ser tão pessimista. Mas uma coisa é o otimismo moderado, outa coisa é o pensamento mágico, a certeza que o outro estará a sua disposição como um troféu que você ostenta.
superproteção nos primeiros anos de vida, possivelmente, não ajudará no desenvolvimento da coragem, da decisão e suas conse-quências, da paciência, da resiliência para enfrentar dificuldades que a vida naturalmente trará, além de baixa tolerância à adversidades. Com tudo isso, são pessoas que acabam levando a vida regida pelos principios do prazer, onde tudo o que causar incômodo e dificuldade será deprimente e extre-mamente difícil para o co-dependente. A baixa tolerância leva ao medo do desconhecido e ao apego de um passado dis-torcido e idealizado de amor. Se uma pessoa por medo de enfrentar algo, procura desesperadamente o prazer em algo para "amortecer" seu medo,sua dificuldade, o risco de virar dependente é altíssimo. Não será capaz de renunciar, apesar das consequências, e não saberá sacrificar o prazer imediato pelo bem estar a médio e longo prazo, ou seja, carecerá de autocontrole. 2.Baixa tolerância a Frustração- Egocentrismo, ou seja, se as coisas não são como desejo, tenho raiva! Tolerar a frustração de nem sempre obter o que deseja ou se espera, significa saber perder e se conformar quando não h´s nada a fazer. Significa ser capaz de elaborar lutos, processar perdas e aceitar, ainda que de má vontade, que o mundo não gira ao nosso redor. Muitos apaixonados não decodificam seus parceiro, não reconhecem as motivações alheias. Quando o parceiro (a) diz: "já não lhe amo mais, sinto muito", a dor e a angustia se processam de maneira autorreferêncial. "Mas se eu te amo!" Como se o fato de amar alguém fosse a única razão para que o outro nos ame. Os maus perdedores no amor são uma bomba-relógio. Quando seu objeto de amor escapa do contrele ou se afasta afetivamente, usa todas as estratégias de recuperação possíveis e até impossíveis , onde não há limites nem considerações; vale tudo! 3.Ilusão de permanência ou eternidade- A mente dependente cria o anseio da continuação perpétua, juntos a qualquer preço até o fim. Buda ja alertava, a dois mil anos, para os perigos da falsa eternidade psicológica. Aceitar que nada é para toda vida não é pessimismo, mas realismo saudável. Inclusive pode servir como motivação para viver o aqui e agora. O amor pode entrar pela porta da frente e sair pela porta dos fundos. Não estou dizendo que não axistam amores duradouros, sadios, e que o naufrágio sera cert e inevitável. Estamos tratando aqui dos amores patológicos, e que as possibilidades de rompimento existem e são mais porváveis do que se gostaria de pensar. Alguns casamentos não são outra coisa senão um sequestro em comum acordo. O amor é pouco previsível, confuso, com altos e baixos. A incerteza faz parte dele, como qualquer outra experiência. A ilusão de permanência se surpeendem quando algo vai mal, se espantam e encaram com surpresa: "nunca pensei que isso pudesse acontecer comigo", "não posso acreditar", "não estava preparado". Claro que, quando alguém se casa, não deve pensar em separação; seria um absurdo ser tão pessimista. Mas uma coisa é o otimismo moderado, outa coisa é o pensamento mágico, a certeza que o outro estará a sua disposição como um troféu que você ostenta. Certas formas de dependência são vistas como "normais"pela cultura e pela psicologia. Os reforçadores que se obtém de uma boa relação, variam de acordo com a predileção do consumidor. Como é sabido, ou deveria saber, o apego sexual move montanhas, derruba reinos, questiona vocações, quebra empresas, destrói casamentos, sataniza santos, enaltece beatos, humaniza frigidas e compete com o mais valente dos sedutores de carteirinha. Ou seja, quando o vício por sexo é compartilhado, tudo vai as mil maravilhas.

A relação se torna quase indissolúvel.Mas se a dependência é unilateral e não correspondida, o que mais precisa do outro termina mal, ou abre sucursal. Os casais que coincidem em seu afã sexual não precisam de terapeutas, mas de uma boa cama. Dois viciados em erotismo, vivendo juntos, alimentando a cada instante o apetite, jamais se saciam. Se alguma vitima desse apego, decide ser desleal, acabar com a brincadeira, ou priorizar a "filial ao invés da matriz" é melhor mudar de planeta, ficar o mais longe possível do obscuro objeto de desejo, pois as consequências são desastrosas, como todo e bom vicio se faz.
A dependência de companheirismo/afinidade também é muito mais forte do que se pode imginar, acreditar. A convivência de muitos anos com uma pessoa extremamente com-panheira, dedicada, com gostos e afinidades em tudo, também se torna patologicamente viciante. São as simbioses, onde tudo se faz juntos, perdem a identidade própria para morrer nos mimos do cúmplice, do parceiro para tudo. Nada de errado em ter uma relação assim, contanto que a vida não seja só isso, contanto que você consiga viver sem isso se for necessário. Lembre-se; o que caracteriza o vicio é tudo o que você não vive sem! O que te adoece, escraviza, quando torna a vida desfuncional!
O PERIGO SILENCIOSO, A DEPENDÊNCIA DE PROTEÇÃO
Há relações que atrofiam a capacidade de sentir e adormecem a alma. Quem disse que para estabelecer uma relação de afeto devemos nos ancarcerar? De onde vem a ridicula idéia de que o amor implica estancamento? Amar seria viver apenas um para o outro numa simbiose doentia? Aos poucos, os casais vão se afastando de seus amigos, de seus hobbies, de seus sonhos e vontades para viver o sonho e avontade do outro. O tempo passa e a pessoa perde suas vontades, sua identidade, tem que estar sempre pisando em ovos para não desagradar...
O esquema principal é a baixa auto-suficiência: "não me sinto capaz de cuidar de mim mesmo". Essas pessoas precisam de alguém mais forte do ponto de vista psicológico, que seja responável por elas. A ideia que as move é ober segurança para enfrentar uma realidade vista por elas como muito ameaçadora, a solidão! O individuo que teme estar só, percebe a si mesmo como indefeso, desamparado.
A imunidade à dependência afetiva somente pode ser alcançada quando todos os nossos papéis estiverem equilibrados. Somos muito mais do que marido e mulher ou namorado e namorada. Se você viver exclusivamente para seu companheiro (a), se você reduzir todas as opções de alegria a sua relação amorosa, você destroe outras áreas que também são importantes para seu crescimento, desenvolvimento e realização.
O amor deve ser castrador? Realmente os vínculo afetivo requer tamanho sacrifício? Amar não é se anular, mas crescer juntos, ser leal de tal forma que não se anulem. A pessoa amada é uma parte importante da vida, mas não é a única. Pense nisso...
(Testo da obra de W. Riso)